Mais um texto do meu camarada Kleber, com uma análise de uma notícia importante.
Abraços e até a próxima!
Leandro M:-D>
"O homem só é homem na superfície.
Levante a pele, disseque: aí começa o maquinismo.
Depois, nos perdemos em uma substância insondável,
alheia a tudo o que conhecemos e, todavia, crucial."
(Paul Valéry)
np – Dinosaur jr. - don't
Como usuário do Sem Parar posso afirmar que hoje as “vantagens” do artefato tem sido mais temporais que financeiras. De fato, as filas nos pedágios são quase inexistentes nestas praças. O tempo da travessia, mesmo com a velocidade de 40 km/h, seria o mesmo se houvesse uma lombada na estrada. Há dias que mesmo o Sem Parar tem fila em específicas praças, mas são casos isolados. O pedágio da saída da Imigrantes para o Rodoanel, por exemplo, dada a quantidade de caminhões e a pouca quantidade de cabines para o pgto (o sem parar só tem uma passagem), tem gerado raras filas no horário das 17:00 às 19:00. E mesmo assim a travessia não dura nem 1 minuto.

Agora, na parte financeira, embora não seja preciso prever uma grana extra para o pronto pagamento, vc acaba desembolsando o mesmo montante no final do mês, acrescido de mais 15 e poucos reais de taxa de uso do aparelho (que pode variar dependendo da quantidade de eixo ou do plano efetuado). Há uma promoção que envolve certas praças se vc usar com mais frequência, mas ainda não comprovei a veracidade da mesma (eles dizem que deve haver uma freqûencia mínima de 10 usos, mas não sei se esse valor é no geral ou por praça).

Quanto aos shoppings, a única vantagem é não ter de enfrentar a fila para pagar ao sair do mesmo ( e conseqüentemente não ter que prever esse dinheiro extra). Para entrar, como o ponto permite tanto a entrada pelo aparelho quanto a convencional (“aperte o botão, retire o seu ticket e boas compras”) dependendo do horário a fila é a mesma (e, por alguma razão, o pessoal que não tem o sem parar e mesmo assim usa a devida entrada, demora duas vezes mais processando o cérebro para apertar o bendito botão que vai emitir o ticket).

Para comparar, o famoso “Bilhete Único” usado no acesso a trens, metrô da Grande São Paulo e no sistema de ônibus da capital e de algumas regiões, proporciona, além da comodidade de não pegar fila para comprar a passagem, a possibilidade de usar 3 ônibus e um trem num intervalo de 4 horas (se não me engano). Nesse período, vc acaba pagando o valor integral de um trem e um valor com desconto para os ônibus (geralmente um deles ou dois acaba saindo de graça). Ou seja, economia de tempo e valor. É uma pena que, na região do ABC, por conta das diferenças políticas, as cidades têm optados por outros tipos de cartão ao invés de aderir ao BU.
Se as medidas abaixo se tornarem na prática o que realmente estão prometendo, quem sabe o Sem Parar finalmente se converta em uma vantagem financeira também.
(K.R.)
SP: novo sistema do Sem Parar pode tornar pedágio mais barato para usuários
InfoMoney - 13/03/2012 – 12h07
SÃO PAULO - Cerca de 2,5 milhões de veículos no estado de São Paulo terão de trocar, a partir de 2013, o dispositivo do Sem Parar por um equipamento com uma nova tecnologia, que permitirá uma cobrança mais justa do pedágio.
Atualmente, o dispositivo, chamado de tag, é usado para pagar de forma eletrônica pedágios e estacionamentos. Com o novo sistema, no caso do pedágio, o usuário irá pagar o valor referente ao trecho percorrido, pelo sistema denominado ponto a ponto.
Segundo determinação do governo estadual, as rodovias paulista têm até 2013 para se adaptarem. Já os usuários do sistema atual terão dois anos para substituição gratuita do equipamento, a partir de janeiro do próximo ano.
Novo sistema
O novo sistema irá funcionar em rádio frequência de 915 Mhz (mega-hertz) e dispensará o uso de baterias nos tags instalados nos veículos. O sistema atual adota uma frequência de 5,8 GHz (Giga-hertz) e utiliza bateria, que dever ser substituída a cada quatro anos. A aquisição da tag de 5,8 GHz custa R$ 66,72 por veículo de passeio. Com a nova tecnologia, o dispositivo custará R$ 3, em média, podendo ser disponibilizado até mesmo gratuitamente para os usuários.
Os veículos fabricados a partir de 2014 já sairão de fábrica com o dispositivo. Com o novo sistema, será possível reduzir a tarifa de pedágio cobrada, principalmente para os motoristas que percorrem distâncias curtas e acabam pagando por um trecho maior da rodovia.
Um piloto do projeto Ponto a Ponto está sendo desenvolvido na Rodovia Santos Dumont, no trecho entre Itu e Campinas.
Redução dos preços
Em um trecho de 70,5 quilômetros, na praça de pedágio do quilômetro 60,8 em Indaiatuba (SP), por exemplo, o usuário paga R$ 10,10 pelo trecho percorrido. Com o novo sistema, o usuário pagaria R$ 4, uma redução de 60% da tarifa.
Hoje, 49,1% dos pagamentos de pedágio em rodovias paulistas são feitos por tag. A expectativa é que, nos próximos anos, esse número ultrapasse os 80% de adesão.